Sistema de Propulsão Antigravitacional - parte 1

Introdução

Ao longo de algumas postagens, irei falar sobre uma das minhas invenções. O Sistema de Propulsão Antigravitacional. 

O que é o SPA?

O Sistema de Propulsão Antigravitacional é um sistema de propulsão projetado para ser acoplado em qualquer objeto que se queira mover em qualquer direção, inclusive verticalmente, sendo também independente do meio em que se encontra.

A aplicação mais notória desse sistema é o carro voador, mas também é perfeitamente possível utilizar este sistema de propulsão em naves espaciais, submarinos, etc.

Por que o nome Antigravitacional?

Você deve estar se perguntando:

"Esse sistema de propulsão usa realmente algum tipo de efeito antigravitacional?"

A resposta para a sua pergunta é: Não.

O Sistema de Propulsão Antigravitacional é, na verdade, baseado na transformação de momento, ou seja, o sistema transforma momento angular em momento linear ou impulso direcionado.

O nome "Antigravitacional" é uma homenagem ao princípio que deu origem à ideia para o invento.

Uma breve história do SPA

Em meados do ano de 1993, um jovem sonhador com apenas 14 anos de idade, fascinado por todas as ciências, após assistir o filme "De volta para o futuro 2 (Back to the future - 2)", decide tentar tornar realidade o "hoverboard", o skate voador do personagem vivido por Michael J Fox.

Como é de praxe, sempre convencemos alguém a nos acompanhar nessas aventuras fantásticas, e que na maioria das vezes, não passa de brincadeira ou sonho de aficionados por ciência e ficção. Então, convenci um amigo chamado Alex França que poderíamos inventar realmente o skate voador.

Tínhamos algumas ideias para começar. Devo confessar que essas ideias iniciais eram ingênuas, até mesmo bobas, mas considerando que éramos apenas garotos adolescentes secundaristas, pode-se considerar como um começo.

Como qualquer estudante em busca de informações, fomos algumas vezes à Biblioteca Central dos Barris para estudar maneiras de fazer o skate voador. Logo descobrimos que poderíamos fazer o skate voador criando, de alguma forma, uma bolsa de ar abaixo da prancha do skate, e isso não era nada novo. Existe até um jogo que utiliza esse princípio, a mesa de hockey com bolsa de ar.

Mas nossas ambições haviam aumentado. Queríamos tornar possível a construção do carro voador, como no filme citado acima. Descartamos então a ideia das bolsas de ar.

Nosso alvo seguinte, nos estudos, passou a ser magnetismo. Sabíamos que a força magnética poderia ser usada para criar levitação, mas era necessário trilhos magnéticos para a locomoção do veículo, e isso acabava com a liberdade do carro voador tal como idealizada na ficção.

Então, enquanto pensava sobre os assuntos estudados, e procurava alguma forma de construir o carro voador, tive uma ideia promissora. Estava em casa, deitado no sofá da sala, quando rapidamente me levantei, sabendo de alguma forma que o que tinha acabado de pensar era realmente importante, peguei meu caderno de anotações e desenhei uma curva oval fechada, como uma elipse deformada em um dos lados.

Pensei..."A força magnética pode ser convertida em força elétrica, e a força elétrica em força magnética. A gravidade, por outro lado, está intimamente ligada com o movimento dos corpos. A gravidade é proporcional à massa de um corpo, mas a massa de um corpo é afetada por sua velocidade, logo a gravidade também é afetada pela velocidade do corpo. (Vide: Teoria da Relatividade Restrita de Albert Einstein). Simplificando, fica uma questão: Se a gravidade gera movimento e o movimento gera gravidade, seria possível inverter esse movimento de tal forma que fosse gerada antigravidade?

Um cometa, por exemplo, realiza uma órbita eliptca onde o Sol ocupa um dos focos da elipse. O padrão dessa órbita implica numa velocidade baixa quando o cometa está distante do Sol. A velocidade vai aumentando a medida que ele se aproxima até o ponto mais próximo, quando a velocidade é máxima. Ao se distanciar novamente, o cometa volta a perder velocidade e o ciclo recomeça.

Se imaginarmos isso como um dispositivo mecânico e pusermos o centro de rotação desse dispositivo no foco mais próximo do ponto de menor velocidade, poderíamos, talvez gerar impulso direcionado para fora do dispositivo."

Para a satisfação de minhas expectativas meus inúmeros cálculos posteriores levam a acreditar que a resposta é positiva.

No próximo post darei mais detalhes do meu projeto SPA. 

Até lá!